segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sentimentos, pensamentos e idéias.
Até agora tenho sido tão subjetivo e até mesmo um tanto enigmático no que tenho postado.

Não segui temas, nem assuntos, apenas coloquei pra fora uma pequena fração do que, neste momento, compõe meus sentimentos.

Contudo, quero ser mais preciso nos dizeres, menos enigmático.
Infelizmente, dentro de tanto e tanto que exite em mim, escolher algo que eu queira, consiga e possa e expôr é bem complicado.

Inclusive, seu um dia fosse modificar o título do Blog, cocaria da seguinte maneira: "Idéias têm conseqüências, mas as minhas são complicadas"...

Hoje acordei num dia bom,e bom humor. Tive uma semana interessante, um fim de semana delicioso. Mas, eu mereci toda essa alegria? Alguém merece? Alguém não merece? É sorteio? Pontos corridos? Final do RG? Existe um padrão, existe uma cota para a felicidade?

O que, diabos, é felicidade?

Bom, acredito q se entrar nesta questão, novamente estarei sendo subjetivo e vago. Deixarei-a de lado.

Continuando. Li o post da Denise - Link no meu Blog - muito bom, muito engraçado. Infância.

Acho q estou divagando. Gosto de divagar. Pensar, relacionar. Estou pensando na minha infância. Tanta coisa, tantos estados, escolas, pessoas, lágrimas. Tenho a impressão de que minha infância durou uns 30 anos. Ou então o tempo passa mais devagar para mim. Consigo chorar mais vezes num dia que a maioria das pessoas.

Minha infância foi ruin? Não sei.
Foi boa? Não sei.
Gostaria de voltar? De revive-la? Não, de jeito nenhum.
Gostaria de enterre-la e esquecer. Também não.
Rsrsrs.
Gosto de falar sobre isso? Acho q não.

Por isso, chega. prometo que o próximo Post será melhor. Esse foi meu, pra mim. De mim.

2 comentários:

Denise disse...

Vejo que meu texto foi tão engraçado que deixou você estranho, né. Infância tem necessariamente que ser boa? Todos os nossos traumas surgem nessa época - é o que eu chamo, no final do texto, de "doce inocência que nos prega peças e nos dá umas boas rasteiras". Outro mito: é preciso ser feliz sempre? Tá mais pra uma imposição, igual a Barbie! :)
Enfim, esse turbilhão não se define na lógica de um texto!
Beijocas

Juliete disse...

Houve um tempo em que minha janela se abria para uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era época de seca, da terra esfarelada, vermelha e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um mocinho com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de ritual para que o jardim não morresse. Eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmim em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam o muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como que refletidas em um espelho suspenso no ar. Às vezes um avião passa. Às vezes um passarinho canta. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. Eu me sinto completamente feliz.
Mas quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Mas a verdade é que a felicidade esta dentro de cada um. Ou dentro de cada outro.