sábado, 29 de dezembro de 2007

Ai ai... Esses sentimentos...

Inicio esta postagem com olhos inchados e marejados. Não por que choro, mas sim por que insito em não chorar.
Não posso, não devo, não mereço.

Hoje não escreverei sobre pensamentos. Pensarei sobre sentimentos.
Não que eu seja uma espécie de guru, ou expert, ou ao menos entendido neste complicado assunto. Pelo contrário, me considero um leigo. Posso até dizer que os conheça, contudo, sem entende-los. Sei que me rodeiam, me seguem, me vigiam, mas não os toco, e nem sei se os tenho.

Sentimentos.

Dor? Eu sinto, logo a tenho, mas uma dor que não é minha. Eu a causo, eu a busco, mas não a vivo. Absorvo dores alheias, semeadas por mim. Cuidadas e alimentas pela minha triste culpa.

Mais sentimentos?

Amor. Ah! O Amor. Todos suspiram quando folo do amor, coração, flexas e cupidos. Tenho amor? Dou amor? Sou capaz? Quero o amor? O que é o amor? Enfim, me recuso de falar em amor, e amar.

Prefiro falar da Raiva. Sobre esta falarei com propriedade, com a autoridade de pleno conhecedor, hábil na arte de dar e receber.
E criar.

Sei lidar com minha raiva, eu a extravazo.
Sei lidar com a raiva alheia.
Se sou o causdor, lamento.
Se não, ignoro.
A facilidade com que me movo por entre redemoinhos de raiva é impressionante, inclusive, posso gabar-me de ser um verdadeiro sobrevivente.

Existem ainda outros sentimentos que eu gostaria de citar antes de ir-me.

Alegria, sou alegre.

Após pensar por breve instante qual seria a continuidade desta lista (se é que existe lista de um ítem só) vi que estou um tanto vázio de mim mesmo.
Lamento, e ignoro.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Engraçado neh

Engraçado, né
Engraçado...

Escrever é uma grande responsabilidade.
Não posso escrever qualquer coisa. Não posso escrever de qualquer maneira.
Tenho de ser coerente. Objetivo. Prático e correto.
Devo respeitar certas de normas, que dão referência ao que escrevo, como escrevo, para quem escrevo, por que escrevo, e tantas mais.
Não posso escrever apenas por escrever, pois ninguém lerá apenas por ler.
Devo ter em mente meus leitores ― sem que isto pareça presunção ou arrogância.
Devo me criticar a cada palavra, verificar cada linha, como que procurando por insetos que teimam em se esconder. Erros, não os quero aqui.
Sim, escrever é uma grande responsabilidade.

Engraçado...

Para escrever, preciso pensar, e, diferente do ato da escrita, no meu pensar, tudo é permitido.
Posso pensar no que quiser, quando quiser e, o mais importante, se quiser. Hilário.
Não existem regras nem restrições. O céu é meu limite. Sem certo, nada é errado. Tudo posso.
Penso, penso, penso, escondo, escondo e escondo.

Conhecemos a verdade irrefutável, a barreira intransponível, nem sempre o mundo está preparado para o que se passa em nossas mentes. Muitas vezes nem nós mesmos não estamos.
Muitos dos nossos heróis, mitos, relíquias sagradas do conhecimento e da cultura, tiveram e declararam pensamentos revolucionários pra suas épocas. Muitos são vistos hoje como verdadeiros marcos da arte e pensar, escrever, cantar e muito mais. Contudo, poucos destes experimentaram honrarias ainda em vida. Poucos desses desfrutaram do poder e riqueza que a influência de suas idéias proporcionariam.

Enfim, engraçado, né.

Escrever é uma grande responsabilidade...
Pensar é um grande barato...

Pense, pense, pense...