sexta-feira, 11 de abril de 2008

Digo, e mesmo sem ter dito ainda, repito, portanto, digo e repito, isso para que o que for dito a seguir tenha realmente a força, a ênfase que é preciso que tenha.
Digo, e espero que fique muito bem dito, e ainda sim, caso seja necessário, repetirei.

Escrevi sobre mim, sobre minha angústia, sobre uma tristeza, que no momento em que escrevia, parecia encher todo o meu horizonte.
Escrevi sobre uma dor, real. Física.
Escrevi sobre o que estava sentindo, e o que imaginava que sentiria durante muito tempo.
Escrevi doente e doendo.
Escrevi pensando, e cada linha, via que a medida que aquela dor se derramava em palavras, ficava mais claro seu tamanho, sua extensão em mim.

E assim, escrevendo sobre uma dor que aumentava de acordo com que as linhas iam aparecendo, coloquei neste blog um poema, ou apenas versos, não importa, coloquei neste blog uma pequena revelação sobre mim.

Aos que se perguntaram, sim, chorei
Aos que se divertiram, sim foi ruim
A todos aqueles que encararam o texto de forma analítica, risos

Lembro daquela conversa que nós tivemos (sim, eu e você) sobre o amadorismo cretino dos escritores amadores.

Ah, nossa tristeza
Escrever sobre tristeza e melancolia é fácil, o difícil é escrever sobre as impessoabilidades (espero mesmo que esta palavra exista, mas mesmo que não, com um pouco de criatividade, e dentro deste contexto, fica fácil entender seu significado), enfim, escrever sobre estas impessoabilidades sim é complicado.
Por isso o mérito de homens como Fernando Pessoa, que conseguem escrever sobre defeitos, de uma maneira geral e completa, englobando numa unia descrição, todos entre o céu e a terra, e mais alguns ainda. Vinícius de Moraes, versos sobre... Construção?
Drummond de Andrade... Poesia que se inicia com “Que barulho é esse na escada?”, o que me leva a pensar, sim que barulho é esse? “É o amor que se acaba...”

Bom, eles escrevem, eu apenas me lamento
Eles criam arte com as palavras, eu consigo apenas exprimir de modo parco, o que penso e sinto...

Escrevo feliz, completo e amadoristicamente amador.

6 comentários:

Unknown disse...

Concordar com suas palavras neste post, inevitavelmente é concordar que também sou amador e acredito que este não é caso.

Na escola ou na faculdade ou em qualquer lugar do mundo, o que se faz em aulas de Literatura?

Interpretação. Interpretação de textos e poemas e estórias de pessoas que já partiram.

Não vale a tentar explicar hoje. Amanhã acabaremos sendo lembrados. De maneira agradável ou não!


Abraços primo!!!

Lili Puperi disse...

Olha o chinelo guriiiiii
faz séculos que tu não passa no meu blog... vou tirar teu link de lá, e vou deixar de ser tua amiga pra sempre... hahahahahaha

beijos bom domingoooo

Jamille Lobato disse...

É moço, engraçado como as vezes somos lidos de uma forma analítica, quando estamos apenas estravasando sentimentos...

Bjokas

Juliete disse...

Me pediu pra comentar em todos e... bom sem mais explicações vou atender o pedido no entanto nao vai ter muita colaboração qnto a esses comentários. Já que é assim, vou colocar mais um clichê pra coleção ir aumentando tá?:
Quando não tiver o que dizer fique calado.
Sendo assim...Me calo por aki mesmo!

Unknown disse...

Orra...

Tah bombando o baguio aqui hein!!!

Ariana Coimbra disse...

Adorei teu blog!

Tu escreve mto bem!

Beijo*